Levantamento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) feito a pedido do jornal O Estado de S. Paulo mostra que ao menos 40% dos planos de saúde têm rede própria de atendimento, formada por hospitais, ambulatórios e centros de exames laboratoriais. A chamada verticalização do sistema ganhou força na última década e, aos poucos, modifica o dia a dia dos pacientes, que estão cada vez mais dependentes das operadoras de saúde.
Na prática, o novo perfil dos convênios pode restringir a liberdade de escolha dos usuários, que se veem obrigados a agendar consultas e a realizar atendimentos de emergência, exames e cirurgias na rede direta da operadora de planos de saúde. Geralmente, os procedimentos são agendados apenas por centrais telefônicas, que indicam médicos e equipamentos disponíveis de acordo com o modelo pago de plano.
A rede própria chega a representar 80% das opções ofertadas aos clientes. É o caso, por exemplo, da cartela dos planos Dix, os mais econômicos vendidos pela Amil. Com mais de 6,8 milhões de usuários, a operadora tem hoje 27 hospitais com a sua marca, além de 40 ambulatórios. No total, a verticalização já representa de 35% a 45% dos atendimentos do plano de saúde.
Segundo o diretor nacional de rede da Amil, Vinicius Ferreira da Rocha, a empresa tem hoje mais de 3 mil leitos em seu comando. Apenas em São Paulo, são oito hospitais próprios, como o Paulistano, o Metropolitano e o Alvorada. “Isso é um grande avanço, não apenas pela oferta de vagas, mas pela melhora da gestão médica do paciente, que cria um vínculo maior com a equipe”, diz o diretor.
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