A medicação foi aprovada nos EUA em 2012 e, no Brasil, desde dezembro de 2014
A Agência Nacional de Saúde Suplementar vai garantir aos usuários dos planos de saúde o direito a 21 novos procedimentos a partir de janeiro de 2016. A lista inclui o medicamento enzalutamida, utilizado no tratamento do câncer de próstata. A medicação, utilizada de forma oral, prolonga o tempo de vida dos pacientes com câncer de próstata metastático previamente tratado com quimioterapia.
A medicação foi aprovada nos EUA em 2012 e, no Brasil, desde dezembro de 2014. E a partir janeiro de 2016, os beneficiários de planos de saúde terão direito a utilizar essa medicação conforme determinação da ANS. O oncologista Cláudio Rocha (CRM 5855) explica que a enzalutamida é uma droga capaz de bloquear ou inibir os efeitos biológicos dos hormônios masculinos nas células do tumor.
“A droga é capaz de diminuir o nível do PSA, reduzir ou retardar o crescimento do câncer da próstata E é utilizada após a falha do tratamento com quimioterapia (Docetaxel). Atualmente já existe estudo que comprova a ação da droga mesmo em pacientes não tratados previamente com quimioterapia”, pontuou o especialista.
O oncologista defende que o surgimento de novas drogas é fundamental para o tratamento de pacientes com a doença avançada. “Neste caso, por exemplo, a medicação vai proporcionar o controle do câncer da próstata pelo maior tempo possível, mantendo a qualidade de vida dos pacientes”, afirmou Cláudio Rocha.
No Brasil, cerca de 68,8 mil novos casos de câncer de próstata surgem a cada ano, dos quais 10% são diagnosticados em estágio avançado, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) indicam também que 51% dos homens nunca consultaram um urologista.
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